Lideranças avaliam resultados do projeto Catadoras e Catadores em Rede



Fortalecimento da comercialização em rede, possibilitando o contato direto com compradoras e compradores, qualificação na gestão e conquista de novos equipamentos são alguns dos resultados do projeto Catatadoras e Catadores em Rede, indicados por lideranças do segmento.

“A comercialização em rede elimina atravessadores e todas e todos ganham com isso”, disse Vera Lúcia Flores da Rosa, coordenadora-geral COOMCAT, vinculada à Rede Catapampa. Luciano da Silva, coordenador da COOMCREAL, de Encruzilhada do Sul (RS), confirma: “a comercialização em rede, diretamente para grandes compradores e indústrias nos ajuda muito; já estamos vendo a diferença no retorno financeiro”.

Segundo Melânia Marli Menezes, da ASCAT, em Porto Alegre, que divide a coordenação da Rede CATAPOA, com Pedro Cesar Dutra dos Santos, da UNICICLAR, de São Leopoldo, e com Gerno Dias Prado, da CooperTinga, de Porto Alegre, as vendas coletivas têm aumentada a renda de cooperadas e cooperados.

De acordo com a catadora mobilizadora, Ivanir Alves dos Santos, da COOTRACAR, ligada à Rede Coleta Solidária do Vale do Gravataí, outra vantagem da atuação em rede é a troca de experiências. Atualmente, um grupo da COOTRACAR, trabalha com uma equipe da COOPREVIVE, em Sapucaia do Sul, repassando a experiência de gestão. A formação busca fortalecer a cooperativa parceira, contratada pela Prefeitura de Sapucaia do Sul para realizar a Coleta Seletiva Solidária no município.

De acordo com Maria Tugira Cardos, coordenadora da Rede Solidária Fronteira Oeste, constituída durante o projeto, essa já tem atuação visível, especialmente no que se refere à pressão política. Tugira, da ACLAN, participa de reuniões com o poder público municipal, representando as associações e cooperativas, no intuito de que haja a contratação dessas organizações por parte das prefeituras para a prestação dos serviços de coleta seletiva, no cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A PNRS tem como grande inovação a determinação de que a coleta seletiva seja feita prioritariamente por associações e cooperativas de catadoras e de catadores de materiais recicláveis.